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sexta-feira, 11 de março de 2011

Atletas de fim de semana: Perigo à vista



O homem chega com o joelho inchado, escorado na mulher, que está de cara feia. Ela tinha falado para ele não jogar bola. Ele foi, se arrebentou na pelada e agora quer fugir da cirurgia. Diz que não vai operar porque jura que não irá mais jogar. "Essa é a pior coisa. Se ele para de jogar, engorda de uma vez e deteriora o organismo. Se não para, pode complicar a lesão", diz Rene Abdalla, ortopedista do Hospital do Coração, em São Paulo, que realiza por volta de 500 cirurgias de joelho por ano e vê aquela cena do casal no consultório se repetir dia após dia. "O esportista de fim de semana é o pior de todos. É o mais suscetível a lesões porque não tem preparo muscular", avalia Abdalla.

Para os homens, o futebolzinho com os amigos nem sempre tem a ver com atividade física. É mais uma reunião social, às vezes regada a churrasco e cerveja, mas que pode terminar no pronto-socorro. "É como pneu, o camarada só vai lembrar que está ruim na hora em que derrapar", compara Páblius Staduto Braga da Silva, médico do esporte do Hospital 9 de Julho, também em São Paulo, sobre a displicência com que os boleiros cuidam do corpo.

O ideal, recomenda, seria praticar esporte três vezes por semana, mas na opinião dele a pelada ainda é melhor do que o sedentarismo completo. "Se essas pessoas se movimentarem um pouco mais na semana, pode ser uma caminhada leve ou um alongamento, já terão um resultado diferente no jogo."

É o que tem feito o publicitário André Galanos, de 32 anos, que toda quinta-feira joga com os amigos no Playball do Bom Retiro, na região central. "Duas vezes por semana faço caminhada de uma hora; pelo menos eu tento. Essa atividade é esporádica, mas o futebol é sagrado", confessa. Avaliação física ele diz que fez, mas há dez anos, quando sentiu ‘‘disparos’’no coração. "Não deu nada e o médico me liberou", lembra. Quando começou a jogar toda semana, há dois anos, também procurou um médico do esporte. "A parte física enferruja, por mais que a gente dê aquela alongada informal", constata.

O também publicitário Lucas Rondinelli, 27, companheiro de pelada de Galanos, diz que nunca se preocupou em fazer avaliação física, mas sente que a prática de esporte uma vez por semana aumenta as chances de lesão. "É fato, sofro com o tornozelo", diz.

O ortopedista Marcelo Saragiotto, do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, recomenda: se doeu, pare, coloque gelo e procure o ortopedista. "Não se deve insistir no jogo, pois isso pode agravar a lesão." Fazer avaliação física, alerta o cardiologista Cesar Jardim, supervisor do pronto-socorro do Hospital do Coração, também não é frescura. "Os exames são capazes de detectar ou afastar um problema cardiológico que leva a risco de morte."A visita ao cardiologista antes da pelada é recomendada especialmente a maiores de 30 anos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

TESTE DA PISADA (Teste Run)

Para quem gosta de corrida e está sempre praticando a atividade, provavelmente não conhece o "Teste Run".  É uma ótima dica para evitar dores e lesões durante uma corrida ou a longo prazo.
O que é, e para que serve o Teste Run?
Todo esporte precisa ser praticado com equipamento adequado; na corrida não é diferente! Muitas pessoas não sabem, mas cada pessoa possui um tipo de pisada, mas isto não significa que há uma pisada correta! Para aqueles que correm, comprar o tênis correto para seu tipo de pisada é muito importante evitando assim possíveis lesões. Por este motivo é fundamental que o atleta possa reconhecer o tipo de pisada e comprar o modelo adequado. Existem modelos específicos para "Running" que possuem linhas para cada tipo de pisada, com grande variedade de cor, design e preço.
Pensando nisso, algumas lojas, oferecem o serviço gratuíto de "TEST RUN", que  é uma avaliação  computadorizada  realizada por uma programa que analisa qual o tipo de pisada, feita por profissionais da área de Educaçao Física ou Fisioterapia devidamente treinados, que revela o tipo de pisada de cada corredor.

Para entendermos melhor o funcionamento da pisada.
Existem 03 tipos de pisada: sub-pronadora, neutra ou pronadora.

Nosso corpo, ao deslocarmos de um ponto a outro utilizando nossos pés, provoca um certo impacto do pé no chão, devido nosso peso corporal, muitas vezes esse impacto pode causar lesões nos membros inferiores.  Para evitar isso, a mecânica do deslocamento do corpo humano, procura formas de amenizar esse impacto, provocando a "pronaçao", que nada mais é do que uma leve inclinação do nosso joelho para o lado interior, ou seja, em direção à outra perna, isso faz com que a energia do nosso peso seja dissipada e um amortecimento natural ocorre (pisada neutra).
PISADA NEUTRA: Onde se inicia o contato com o solo do lado externo do calcanhar e então ocorre uma rotação moderada para dentro, terminando a passada no centro da planta do pé. 


Muita gente possui esse "desvio" do joelho, com um avanço um pouco maior, ou seja, o joelho cai um pouco mais para dentro do que o "normal", sendo assim, podendo causar algum tipo de lesão, dores e desconforto no pé, tornozelo, joelho e até cabeça do femûr, (pronação). Para estabilizar (não "corrigir") uma pisada dessa, o tenis ideal, possui uma zona mais rigida na parte interna, limitando o curso do joelho para o lado interior.
PISADA PRONADORA: Onde a pisada também se inicia do lado externo do calcanhar, ou algumas vezes um pouco mais para a parte interna, para então ocorrer uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto do dedão. 


Porém, muitos possuem o joelho virado para fora, ou seja, na pisada, o joelho vai em direção oposta ao pronador, fazendo com que não haja esse amortecimento natural, o tênis deve ter o maximo de amortecimento para que não haja dores ou inflamações como esporão ou facite no pé.
PISADA SUB-PRONADORA: Onde a pisada inicia no calcanhar do lado externo e mantêm o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho.

 
Como é realizado o Teste Run?

Com um Scanner, é possivel descobir o tipo do PÉ do corredor (cavo, plano ou normal), em seguida, numa esteira o atleta realizará uma leve caminhada, onde suas passadas serão transmitidas no monitor através da camera de modo que atleta e consultor possam ver as imagens. Depois de caminhar,  o consultor analisa a forma como o atleta entra e sai da passada, observando e explicando a movimentação do pé, e desta forma o tipo de pisada será identificado. O TESTE RUN dura em torno de 5 minutos. 


Em geral os atletas se confundem e acham que pisam para fora (sub-pronação) pois observam um desgaste do solado no lado externo do calcanhar. Mas conforme descrição das pisadas acima, a maioria dos corredores iniciam a pisada com o lado externo. O quanto o pé roda para dentro no final da passada é o que deve ser observado para indicar o tipo de pisada. Na realização do TESTE RUN nos preocupamos em entender o perfil do corredor, por isso são feitos algumas perguntas, como:
• Quantas vezes corre durante a semana?
• Qual o volume de treino?
• Sente alguma dor ao praticar a atividade?
E assim, dependendo das respostas, indicamos R após treinamentos logos podem prejudicar ligamentos e articulações do tornezelo, joelho e cabeça do fêmur.

QUAL IMPORTÂNCIA DO TESTE?

Corredores com pisadas pronadoras ou sub-pronadoras, tendem a exercer uma certa pressão nos ligamentos do tornozelo e joelho. O teste vai nada mais que indicar o tênis adequado a sua pisada, NÃO IRÁ CORRIGIR sua pisada, mas sim MANTER ESTABILIDADE na corrida, pois pronação e supinaçao não é um defeito e sim uma caracteristica.
  

quinta-feira, 3 de março de 2011

Breve, mais postagens, fiquem ligados!

- Solução para a obesidade: atividade física ou dieta?

- Alongamentos: antes ou depois dos exercícios?

- Atividade física na gravidez

terça-feira, 1 de março de 2011

Personal Trainer

Personal Trainer
     Através do trabalho personalizado, você poderá atingir seus objetivos relacionados ao condicionamento físico e saúde muito mais rápido e prático do que na academia onde professores atendem de mais de um aluno por hora. Serve para todas as idades,  elaborando atividades e treinos baseados em dados e resultados de uma avaliação física feita inicialmente no aluno, a partir dai, saberemos exatamente o que o aluno pode ou não realizar durante as aulas.
 Abaixo estão relacionados alguns objetivos que o personal trainer pode ajudá-lo (a) a alcançar: 
  • Perda de peso;
  • Definição muscular;
  • Baixar o percentual de gordura; 
  • Ganho de massa muscular;
  • Ganho de força;
  • Melhoria de resistência geral e localizada;
  • Melhoria do condicionamento físico geral;
  • Ganho de velocidade;
  • Melhoria da saúde.
     Não importa qual o seu objetivo, idade, sexo. As aulas e treinos serão elaborados única e exclusivamente para você. O acompanhamento do professor ocorrerá durante toda e todas as aulas programadas. As aulas podem ser realizadas em sua casa, na academia (da preferencia do cliente, porém necessita um acordo e autorização prévia da academia), em parques, praças, etc. O treino terá tempo minimo de 1 hora, e será montado de acordo com o local, equipamentos, objetivos, freqüência e outros fatores que possam influenciar em seu resultado, como ALIMENTAÇÃO, tipo de trabalho, nivel de stress,  horas de sono, qualidade do sono, etc.

Como Funciona:

Após o contato do cliente, é feito uma visita para conversarmos pessoalmente e agendar uma aula demonstrativa, dependendo do local a ser realizado as aulas, ou o tipo de trabalho a ser realizado com o cliente e a frquencia semanal de treinamento, será fornecido o investimento ao cliente, em caso de lugares públicos, é cobrado apenas a taxa do professor, em caso de academias, será calculado o valor da mensalidade da academia + trabalho do professor.

Para qualquer dúvida e interesse, meu contato:
Cel. (19) 8193-8962
     
   Prof. Claudio - Personal Trainer

    


 O serviço de Personal Trainer atende nas seguintes cidades do estado de SP:
  • Americana;
  • Campinas;
  • Cosmópolis;
  • Hortolândia;
  • Jaguariúna;
  • Indaiatuba;
  • Itatiba;
  • Itu;
  • Monte Mor;
  • Paulínia;
  • Salto;
  • Sumaré;
  • Valinhos;
  • Vinhedo;

Good Health

What is Good Health?
 By Thomas Eldridge

Good Food Means Good HealthThere are many ideas, and opinions, on what constitutes good health, or what a meaningfully healthy lifestyle feels like or looks like. It could be said that health should be a natural condition, or at least a consistent state of well being. But what is this natural condition? There are some people who accept pain and discomfort in the body as a necessary part of living. This pain is considered to be a motivator, something for the body to fight against. They accept this condition because they observe that there are so many people with health complaints and so few people free of problems. It is even taken for granted today that dying of a degenerative disease is acceptable if the person had led a 'good life'.
My parents both died of cancerous type diseases. I seem to be the only one who is not saying, but they 'lived a full life'. Keep in mind that I am the one nobody can understand. I am not quite the black sheep. I am the different one who stopped eating sugar thirty years ago. No one could understand why I would go to so much trouble to read food product labels trying to find something that did not contain sugar. Today it is many times worse because of all the sugar substitutes in our food products. If I were reading labels today I would choose sugar before the sugar substitutes if I had no other choice. My choice today is to not buy any processed food products. I believe that my continuing good health depends on me making my own food from simple organic ingredients. I seldom read food labels these days because I buy very little with a label on it.
Is good health some sort of perfection? In homeopathy good health is said to manifest when a person's "vital force" is being expressed by perfect functioning of all parts of the body and by a sense of general well being. This holistic approach to health states that nature, of which we are an important part, has a constant tendency toward what is best for it. This vital force of nature reaches its masterpiece in the human body and the human consciousness. Harvey Diamond in his part of the book Fit for Life II: Living Health states that humans are "constructed for health and happiness." Life on earth lived in its ultimate achievement is a constant and unshakeable zest for well being and enthusiasm, says Diamond. I have a lot of respect for the diet that the Diamonds recommended. It still is an excellent diet for cleansing out toxins. I am not a great fan of being all that you can be, going for it all or pursuing excellence as a lifestyle. To me this is a short road to burn out and premature gray hair. I was unconsciously going for it all in my younger years. I worked very hard. I cannot say that I experienced good health or happiness back then.
If we wanted this 'ultimate achievement' of good health our goal would be to reach old age and maturity without aches and pains, to be well-balanced and spared emotional traumas and stress-related illnesses. To have zest for life we would wish to be like the beaming, healthy-looking 90-year-olds featured in vegetarian magazine articles. Working out at the fitness club at 91 years of age could demonstrate the principle that the best condition for the body is resilience and flexibility. To take up piano lessons at 83 years might demonstrate an absence of constricting contractions in body and mind. The problem is that we tend to extrapolate these stories into believing that this example of 'good health' is the best way to go. Pushing yourself into the gym when you are exhausted and should be resting is not good health.
It seems apparent to me that for millions of years people lived in some sort of harmony with the natural forces of nature. Good health was some sort of consistent state of being. Otherwise, how would we be here? If we were always in poor health for millions of years I cannot see how we would have survived. A long time ago the dinosaurs disappeared suddenly. Today species of plants and animals are becoming extinct at an accelerating rate. Throughout history at least some of us must have maintained an instinctive natural knowledge about how to live healthily enough to allow our species to continue. How we are doing today is a mute question. Are we going to continue to survive or is our current acceptance of sub-marginal health a sign of something?
Perhaps it is time to take a look at what this instinctive natural knowledge of good health might look like in our modern culture. I feel that it is not that much different than it has been for millions of years. This 'knowledge' probably includes simple things like sunshine, pure water, sleeping when the sun sets, relying on wholesome foods from nature, having daily alone time in the outdoors and living physically active lives in communities of loving supportive people.

PAULO FREIRE, O PERNAMBUCANO QUE REVOLUCIONOU A EDUCAÇÃO

Correio Braziliense
Quando lápis e livros são as ferramentas para uma vida melhor.
Características do método aproximar educadores dos alunos adultos.

Para o que serve a educação? Para ler corretamente? Para contar sem errar? Para escrever sem dificuldade? Muita gente pode achar que é apenas para isso, mas Paulo Freire acreditava que a educação servia para muito mais. Para ele, mais que entender como somar, dividir ou decodificar os sons das letras, na escola se deveria ganhar o passaporte para a dignidade. Fundador da pedagogia da libertação, o filósofo e pedagogo pernambucano entrou para a história como o fundador de uma nova linha de pensamento em que lápis e livros tomam o lugar das ferramentas na luta por uma vida melhor.

Nascido em uma família de classe média de Recife, em 19 de setembro de 1921, Paulo Reglus Neves Freire poderia ter levado uma vida de conforto, protegido dos males do mundo. No entanto, quando tinha 8 anos, a crise desencadeada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que levou ao período de depressão da década de 1930, apresentou ao menino bem nascido uma realidade comum a muitos brasileiros: a fome. Dizem que as experiências vividas na infância são para a vida toda. Com o garoto Paulo não foi diferente. Mesmo com a recuperação da economia, que levou sua família de volta à classe média, as marcas ficaram no seu modo de pensar.

Ao se formar em direito, pela Universidade de Recife, em 1946, o pensador decidiu que não seguiria a carreira. Decidiu tornar-se educador em uma escola de ensino médio na periferia da cidade. Por se destacar como docente, acabou sendo nomeado chefe do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social de Pernambuco, cargo que lhe possibilitou realizar suas primeiras experiências na alfabetização de jovens e adultos. “Até então, tudo que se tinha na área pedagógica era voltado para crianças, enquanto o número de adultos analfabetos no país só crescia e nenhum política era elaborada para esse público”, lembra Maria Madalena Torres, educadora popular do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia.

Diante dessa realidade, o pernambucano iniciou os primeiros programas educacionais do país voltados exclusivamente para adultos. O resultado foi tão bom que, em 1961, Freire foi nomeado chefe do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, no ano seguinte, desenvolveu um de seus trabalhos mais marcantes: criou um método que permitiu alfabetizar um grupo de 200 cortadores de cana-de-açucar em apenas 45 dias.

A experiência bem-sucedida com os cortadores resultou no que é conhecido hoje como Método Paulo Freire. “Apesar do nome, não se trata de um método e sim de um complexo sistema no qual a educação é instrumento de desenvolvimento do adulto”, conta Maria Madalena. O diferencial do instrumento freiriano foi aproximar educadores e metodologia da realidade do aluno, aumentando o interesse dos educandos e diminuindo drasticamente a evasão escolar, um dos principais problemas da educação de jovens e adultos (EJA) até hoje.

“Como ensinar uma pessoa que com a letra f se escreve foca se, provavelmente, ele nunca viu um animal desses?”, indaga a pedagoga. Por isso, no método criado por Paulo Freire, todo trabalho é baseado em palavras e situações próximas do cotidiano do educando. Outra preocupação é não infantilizar a educação de adultos. “Até hoje, é muito comum utilizar na alfabetização de pessoas mais velhas palavras como pirulito, doce, brinquedo, que são ligadas ao universo infantil. Pelo método de Paulo Freire, essas expressões são ligadas a palavras mais adultas, como trabalho, salário, ferramenta, comida”, explica.

Consciência

Além da mudança metodológica que Paulo Freire trouxe para a educação, sobretudo a de adultos, outra mudança fez seu trabalho ainda mais importante. “Ele revolucionou filosoficamente a maneira como encaramos a educação, de simples ensinar, para uma forma de promover a liberdade do indivíduo”, conta o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Ex-ministro da Educação, Buarque trabalhou com o educador em dois momentos: na época de estudante universitário, participando dos projetos educacionais de Paulo Freire, e como reitor da Universidade de Brasília (UnB), quando Freire fez parte do conselho diretor da Fundação ligada à UnB.

Para Freire, ao aprender a ler e a escrever, o indivíduo se tornava mais consciente politicamente e socialmente, tendo melhores condições de lutar por seus direitos. Ele propunha uma pedagogia da libertação, ou pedagogia do oprimido. “Esse pensamento influenciou pedagogos do mundo todo, em especial de regiões mais pobres, como a América Latina e a África. Certa vez, em uma visita a El Salvador, encontrei, em um determinado local, um busto de Paulo Freire”, conta Cristovam Buarque.

A revolução que Paulo Freire provocou em algumas comunidades nordestinas acabou tomando proporções nacionais, e ele foi convidado pelo então presidente da República, João Goulart, para expandi-la para o restante do país. A iniciativa que poderia ter causado a erradicação do analfabetismo brasileiro, no entanto, teve uma vida curta. “Com o início do regime militar, todos os programas que ele conduzia foram cancelados. Se hoje temos 64 milhões de brasileiros sem ensino fundamental e 14 milhões de analfabetos é porque os projetos dele foram interrompidos”, acredita Maria Madalena Torres.

Preso e exilado pelo regime militar, que se incomodava com a influência marxista em sua obra, Paulo Freire permaneceu no exterior até os anos 1980, quando, beneficiado pela Lei da Anistia, pôde finalmente retornar ao país. Após seu retorno, fundou o instituto que leva seu nome e trabalha para divulgar suas idéias e seu trabalho. Em 2 de maio de 1997, morreu vítima de um ataque cardíaco em São Paulo. Em 2009, a Justiça Federal, no Fórum Mundial de Educação Profissional, realizado em Brasília, fez o pedido de perdão póstumo à viúva e à família do educador, assumindo o pagamento de reparação econômica. Para muitos especialistas, porém, o maior prejuízo foi do país, que se viu privado, durante anos, das ideias do educador.

EXERCÍCIOS FISICOS PODEM MELHORAR MEMÓRIA DE IDOSOS

Poucos minutos dedicado aos exercícios geram ótimos resultados. Pesquisa contesta que a atrofia no hipocampo de idosos é inevitável.
Folha.com
A prática regular de exercícios físicos moderados durante um ano pode aumentar o tamanho do hipocampo cerebral em adultos com mais de 55 anos, proporcionando um aumento da memória espacial, segundo um novo estudo.

O hipocampo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória.

O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades de Pittsburgh, Illinois, Rice e Ohio State, foi publicado na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".

"Os resultados de nossa pesquisa são particularmente interessantes por sugerirem que mesmo modestas quantidades de exercício podem fazer com que adultos idosos sedentários registrem melhora substancial da memória e da saúde do cérebro", explica Art Kramer, diretor do Beckman Institute na Universidade de Illinois e principal autor do estudo.

"Estas melhorias têm implicações importantes para a saúde de nossos cidadãos e para o aumento da população idosa em todo o mundo", acrescenta.

Pesquisa

Para seu projeto, os cientistas convocaram 120 idosos sedentários sem qualquer sinal de senilidade e divididos ao acaso em dois grupos. O primeiro começou a praticar um regime de exercícios leves, como caminhar 40 minutos por dia, três vezes por semana. O segundo manteve apenas atividades como alongamento e exercícios de tonificação muscular.

Os resultados mostram que o grupo que praticou a atividade aeróbica registrou um aumento do volume do hipocampo nos dois lados do cérebro (2,12% no esquerdo, 1,97% no direito).

As mesmas regiões do cérebro dos participantes que ficaram no grupo dos exercícios de alongamento sofreram um aumento de 1,4% e 1,43%, respectivamente.

"Estamos acostumados a achar que a atrofia que ocorre no hipocampo no fim da vida é praticamente inevitável", diz o autor. "Mas nós mostramos que mesmo exercícios moderados durante um ano podem aumentar o tamanho desta estrutura. O cérebro nesta fase permanece maleável".

Da France Presse

MUSCULAÇÃO TAMBÉM PODE PROTEGER O CÉREBRO

Cerebromelhor.com.br
Pesquisa analisou os efeitos do treinamento de resistência em idosos.
Treinar uma vez por semana ajuda a sustentar benefícios cognitivos.

Pesquisas demonstram que, já a partir dos 25 anos, o cérebro inicia um processo gradual e lento de declínio cognitivo, ou perda de desempenho, que evolui com a idade. Na população idosa, o declínio cognitivo já é um importante assunto de saúde pública e uma bem reconhecida manifestação clínica desse declínio são as quedas. Idosos com comprometimento cognitivo caem duas vezes mais do que os que não possuem.

Um estudo publicado no ano passado pesquisou o efeito em idosos de um treino de resistência de 12 meses no desempenho cognitivo e risco de quedas. Seus resultados mostraram que o treino realizado uma ou duas vezes por semana melhorou o desempenho cognitivo, principalmente as características de atenção seletiva e solução de conflitos.

Após a conclusão deste estudo, os participantes foram acompanhados durante mais um ano e os resultados desse acompanhamento foram liberados recentemente. Idosos que participaram do programa de exercícios de resistência conseguiram manter os benefícios cognitivos e tiveram menos quedas, gerando economia para o sistema de saúde.

O estudo contou com 155 mulheres com idades entre 65 a 75 anos. O treino de resistência foi feito em aulas de 60 minutos utilizando um aparelho para as pernas (leg press) e pesos livres. Dentro dos que faziam o treino de resistência, havia um subgrupo que treinava uma vez por semana e outro que treinava duas vezes por semana. Esse grupo foi comparado a um grupo de controle que fazia treino de tonificação e equilíbrio duas vezes por semana, realizando exercícios de alongamento, amplitude de movimento, fortalecimento básico e equilíbrio, bem como de técnicas de relaxamento.

Surpreendentemente, o grupo que conseguiu sustentar os benefícios cognitivos foi o que treinava apenas uma vez por semana, ao invés de duas. Os autores do estudo especulam que este grupo provavelmente foi mais bem sucedido em manter o mesmo nível de atividade física obtido no estudo original.

Benefícios econômicos

Além dos benefícios cognitivos, os benefícios econômicos do grupo de uma vez por semana também foram mantidos um ano após o estudo original. O grupo de uma vez por semana gerou menos gastos relacionados ao uso do sistema de saúde e tiveram menos quedas do que o grupo de duas vezes por semana e o de tonificação.

Este estudo mostra mais uma vez que um corpo em forma está diretamente relacionado com um cérebro em forma. Em todas as idades, exercitar o corpo beneficia o cérebro. O treino aeróbico é geralmente associado a um melhor desempenho cognitivo, mas o interessante é que este novo estudo mostra que a musculação também pode ser adicionada à nossa lista de exercícios.

Por Ricardo Bambozzi Marchesan
Da Cérebro Melhor